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sexta-feira, junho 13, 2025

Há 25 anos, o Brasil sorria de costas para Paris: a consagração de Guga em Roland Garros

Naquele domingo de 11 de junho de 2000, o Brasil inteiro parou para ver um jovem de cabelos cacheados e sorriso largo, vindo de Florianópolis, derrubar gigantes no saibro francês. Vestido de azul, empunhando uma raquete e movido por uma paixão incansável, Gustavo Kuerten escreveu, naquele dia, um dos capítulos mais memoráveis do esporte brasileiro: conquistava seu segundo título de Roland Garros — e consolidava sua condição de ídolo nacional.

Mas a história começou um pouco antes, em 1997, quando o então desconhecido Guga, com apenas 20 anos, surpreendeu o mundo e venceu o torneio pela primeira vez. Em 2000, ele voltava à final já como favorito. E ali, diante do sueco Magnus Norman, cravou seu nome de vez na história do tênis.

O placar daquele 11 de junho foi categórico: 6/2, 6/3 e 7/6 (8-6). Mas o que ficou marcado na memória coletiva foi o que veio depois — o símbolo máximo da gratidão e da simplicidade: Guga deitou no chão de saibro, em forma de coração, para homenagear seu pai e agradecer ao universo por aquele momento. Uma imagem que entrou para o imaginário nacional.

De fenômeno a símbolo de um Brasil que sorri

Guga não foi apenas um grande tenista. Ele foi, e continua sendo, um fenômeno de empatia, carisma e superação. Em uma época em que o Brasil respirava futebol, ele fez o país assistir tênis — e torcer, vibrar, se emocionar com cada ponto.

De uma hora para outra, as quadras de saibro pipocaram em clubes e praças. Crianças pediam raquetes no Natal. E até quem nunca entendeu direito o que era uma paralela ou um tie-break aprendeu, com Guga, a amar o esporte.

Mais do que títulos — que viriam ainda em 2001, com o tricampeonato de Roland Garros e a liderança no ranking mundial — Guga ofereceu ao Brasil um modelo de humildade, perseverança e autenticidade.

O legado que transcende o esporte

ados 25 anos daquela conquista em Paris, o impacto de Guga continua. Seja nos projetos sociais que apoia, seja na forma como representa o Brasil com leveza e simplicidade, Guga virou mais que um atleta: virou um símbolo nacional.

Ele nos ensinou que é possível chegar longe com alegria. Que o talento pode caminhar ao lado da gentileza. Que o esporte é, também, afeto, memória e emoção.

Hoje, ao celebrarmos esse quarto de século da segunda conquista de Roland Garros, não relembramos apenas um título. Relembramos o dia em que o Brasil sorriu de costas para Paris, dentro de um coração desenhado no saibro, ao som do nosso próprio GUGA!

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